Saúde e bem estar

A sua vida, mais saudável.

Saúde mental na terceira idade

Postado em 30 de janeiro de 2020


Falar sobre saúde mental na terceira idade é fundamental para garantir mais bem-estar nessa etapa da vida, até porque muitos problemas físicos derivam do emocional e de uma mente sem preparo. Fortalecer o corpo e a mente é o ingrediente necessário para desfrutar de bons momentos com toda intensidade e principalmente ser feliz consigo mesmo.

Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), 10% das pessoas com idade acima de 60 anos sofrem de depressão. E esse quadro se acentua ainda mais em pessoas acima dos 85 anos. Os principais gatilhos desse número são as experiências de vida negativas. Abusos, traumas, estresse, luto, problemas familiares e o sentimento de impotência ao não conseguir executar algo que era comum quando mais jovem.

O tratamento psicológico

É importante não buscar cuidados médicos apenas quando em caso de doenças, mas de forma preventiva também. O acompanhamento psicológico, por exemplo, deve fazer parte da rotina de cuidados do idoso para manter a saúde mental e emocional positiva.

Problemas como ansiedade e depressão, na maioria das vezes, são tratados e solucionados com o acompanhamento médico. Entretanto, casos como o de Alzheimer e esquizofrenia são crônicos. O tratamento diminui a incidência dos sintomas, mas não há cura.

Se você está agora na terceira idade, ou conhece alguém que chegou a essa fase de vida, procure por um psicólogo e veja como ele pode ajudar e melhorar a sua qualidade de vida!

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Para envelhecer bem, mantenha a mente ativa

Postado em 26 de abril de 2018


As atividades do cotidiano tendem a deixar a nossa mente sobrecarregada algumas vezes. Para manter a mente ativa é importante exercitá-la sempre. Este exercício pode ser feito até mesmo numa simples mudança de trajeto que você costuma fazer. Quanto mais você praticar atividades que exercitem seu cérebro, maior será sua capacidade de raciocínio e sua agilidade.

Certos lapsos de memória eventuais são comuns em todas as idades em virtude do estresse e da correria do dia a dia. Porém, ao decorrer do tempo e com a chegada da terceira idade, esses episódios podem ser mais frequentes devido ao comprometimento da capacidade cognitiva. Segundo a Academia Brasileira de Neurologia (Abneuro), episódios esporádicos de esquecimento são normais em períodos de maior estresse. Mas quando esses episódios são corriqueiros, o médico deve ser consultado.

Incluir novos hábitos na rotina auxilia na preservação de uma mente mais saudável.

Acompanhe algumas dicas:
- Procure manter em sua rotina atividades que mexem com a mente e que sejam diferentes do habitual.
- Busque ampliar a capacidade de aprendizado.
- Esteja sempre aberto a aprender novas habilidades.
- Faça palavras cruzadas, leia, jogue xadrez e outros jogos de tabuleiro. Eles vão estimular seu cérebro.
- Pratique atividades físicas.

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Uma nova visão sobre o idoso

Postado em 19 de abril de 2018


Segundo definição da Organização Mundial da Saúde (OMS), ter saúde não se resume a envelhecer livre de doenças. É importante lembrar que a expectativa de vida das pessoas cresceu muito nos últimos tempos e que chegar na terceira idade com um bem-estar físico, mental e social são características primordiais que identificam o estar saudável. É importante termos uma nova visão sobre a terceira idade. Com o objetivo de proporcionar um envelhecimento mais saudável, a OMS produziu um documento sobre o tema a fim de mobilizar toda a sociedade e promover mais saúde, principalmente para as pessoas que buscam uma melhor qualidade de vida nesta fase avançada da vida.

Ser um idoso saudável significa ser independente, ter autonomia, ser capaz de gerir a própria vida e realizar tarefas simples sem auxílio. Atividades rotineiras como vestir-se, alimentar-se, cuidar da higiene pessoal, poder caminhar ou realizar compras e cuidar da casa, estão diretamente relacionadas ao estado de bem-estar físico nas idades mais avançadas.

A rotina de levar uma vida com hábitos saudáveis previne o aparecimento de doenças crônicas, que costumam aparecer nessa fase da vida. Buscar uma alimentação equilibrada, socializar, praticar exercícios físicos e desempenhar atividades prazerosas em busca da qualidade de vida, contribuem para manter a independência na terceira idade e para chegar nessa fase ativo. Com o passar dos anos, o corpo e a mente vão mudando e a perda da independência e da autonomia tornam-se realidade. Buscar atividades prazerosas que diminuam o estresse e mantenham equilíbrio entre saúde física e mental são fundamentais na terceira idade.

Cada vez mais os idosos procuram os benefícios de uma vida mais saudável, buscam também uma vida social ativa e com saúde. É importante formarmos uma corrente para que todos tenham um envelhecimento mais saudável.

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Uma nova visão sobre o idoso

Postado em 12 de abril de 2018


Dando seguimento ao seu Calendário Anual, a Cabergs aborda o Abril Prata, em que o foco será o envelhecimento saudável. Todos nós já percebemos que o envelhecimento da população teve crescimento e por isso é preciso estar preparado para garantir sua saúde também nessa etapa da vida.

Pensando nisso a Organização Mundial de Saúde (OMS) preparou uma publicação sobre o tema, em que aborda medidas para promover um envelhecimento ativo e saudável, visando uma melhor qualidade de vida na terceira idade. Neste documento, a OMS define como idoso saudável aquele que consegue manter sua autonomia, com plena capacidade de gerenciar sua própria vida e sua independência, realizando atividades sem necessitar do auxílio de terceiros.

O que deixa a tarefa de ser saudável na terceira idade um tanto desafiadora é o fato de que pelo menos uma doença crônica acompanha a maioria dos idosos. Superando essa barreira, quase inevitável com o aumento da idade, chegamos então à fase definida pelos médicos como processo de decrepitude física e intelectual. A orientação dos especialistas é continuar mantendo o equilíbrio.

Continuar mantendo? Sim, isso mesmo! O equilíbrio entre a saúde física e mental, que irá proporcionar independência nas atividades instrumentais e da vida diária, somado à integração social são conquistas da velhice que plantamos na juventude. Hoje ou quando você estiver com 80 anos, o segredo do sucesso é manter uma alimentação adequada e balanceada, praticar regularmente exercícios físicos e manter uma convivência social regular, com familiares e amigos.

Com relação aos exercícios físicos a fisioterapeuta Juliessa Florian, que recentemente participou de uma entrevista ao vivo para o perfil da Cabergs no Facebook, recomenda caminhadas, dança, ciclismo, jardinagem, hidroginástica, natação e atividades assistidas por profissionais como pilates e musculação.

Ao chegar na terceira idade você irá adicionar à sua vida um maior suporte familiar, que segundo a OMS, está diretamente relacionado ao bem-estar na terceira idade. Inclua ainda atividades que proporcionem prazer, como a participação em grupos com afinidade em hobbies, esportes, debates, atividades filantrópicas, entre outros.

Seu bem-estar na melhor idade depende do que você está fazendo hoje! Conte com a Cabergs para isso. Vamos começar hoje a trabalhar sua saúde de amanhã!

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Vacinação na terceira idade, pode?

Postado em 26 de abril de 2017


Quando falamos em vacinação e calendário de imunização, comumente pensamos em crianças não é mesmo? Mas esse pensamento deve mudar: de acordo com a Sociedade Brasileira de Imunização (SBIm) a vacinação é uma medida efetiva na prevenção de doenças infecciosas em todas as faixas etárias, e a terceira idade está inserida neste contexto. "As alterações imunológicas associadas ao envelhecimento fazem aumentar o risco de infecções que, em idosos, podem ser associadas ao declínio funcional, às comorbidades, e às manifestações clínicas diversificadas, promovendo maiores taxas de hospitalizações e morbimortalidade".

Para a SBIm, entre os aspectos que justificam a imunização na terceira idade, está o fato de que muitos indivíduos com mais de 60 anos ainda estarem em atividade profissional, com responsabilidades e contribuindo na renda familiar. Outro fator relevante é o contato próximo entre avós e netos, sendo as crianças "importantes agentes transmissores de doenças infecciosas".

Entre as doenças imunopreveníveis mais comuns da terceira idade estão (dados do Guia de Vacinação da Geriatria - SBIm/SBGG):

  1. - As do trato respiratório inferior, que é a quarta causa de morte nos países desenvolvidos, sendo três vezes mais comuns em pessoas acima dos 60 anos de idade;

  • - O tétano, ainda frequente em muitos países, em especial na população acima dos 50 anos;

- A difteria, que pode trazer problemas futuros em idades mais avançadas;

- A pertussis, cuja morbidade parece ser substancial entre os idosos;

- O herpes zóster, cujo risco de emergência aumenta com a idade. Ocorre em 20% a 25% da população com mais de 60 anos;

- A hepatite B, sexualmente transmissível.

"É importante que o idoso receba orientação do seu médico de confiança sobre qual vacina é indicada ou contraindicada", afirma a Dra. Fany Glock, geriatra. Sobre a imunização contra a gripe, que já está sendo realizada em todos os postos de saúde, a especialista diz que a vacina é bem tolerada e que apresenta um bom perfil de segurança. "Alguns efeitos locais são benignos e bem tolerados, como dor, vermelhidão e endurecimento, nas primeiras 48h.

Podem surgir, também, algumas manifestações leves como febre, mal estar e dores musculares. Caso apresente algum quadro gripal após imunização é essencial procurar seu médico".

Segundo Fany, os processos agudos respiratórios que eventualmente ocorram após a aplicação da vacina são apenas coincidências, mas não causados pela imunização. Vale lembrar que antes de realizar a vacina é importante verificar se não há algum quadro febril ou problemas de coagulação, e principalmente se não existe alguma alergia ao ovo ou a algum outro componente da vacina.

Importante Saber: A campanha nacional de vacinação contra a gripe do Ministério da Saúde, está ocorrendo em todos os postos de saúde da rede pública, até o dia 26 de maio, das 08 às 17h. Além da vacina contra gripe, àqueles idosos que vivem acamados e ou em instituições fechadas como, casas geriátricas, hospitais, unidades de acolhimento/asilos, casas de repouso, também recebem a vacina pneumocócica 23-valente, que protege pneumonia, meningite e bacteremia/septicemia.

Você pode conferir o Calendário Vacinal – do nascimento à terceira idade, da Sociedade Brasileira de Imunização, clicando no link: https://sbim.org.br/images/calendarios/calendario-sbim-nascimento-a-terceira-idade--2016-2017-160915a.png. Fique atento, converse com o seu médico e acompanhe as campanhas de imunização. Prevenção não tem idade. Cuide-se!

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Como você encara o envelhecimento?

Postado em 12 de abril de 2017



Envelhecimento é o tema deste mês no calendário de prevenção da Cabergs Saúde! Queremos, com isso, disseminar informações importantes para a saúde, mas também promover a reflexão do assunto e como ele é entendido por cada indivíduo. Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), as mudanças que constituem o envelhecimento são complexas. Do ponto de vista biológico, representam danos moleculares e celulares, que com o tempo manifestam-se como síndromes e doenças. A nível psicológico, a idade avançada implica em mudanças nos papéis e posições sociais.

"Envelhecer hoje é, sem dúvida, muito diferente do que era há duas gerações atrás. O desenvolvimento da medicina e da ciência trouxe um aumento na perspectiva de vida, permitindo que os seres humanos vivam mais, e com melhores condições", afirma a psicóloga Cristiane Pan Nys. De acordo com a especialista, isso trouxe alguns desafios extras: o que fazer com os anos a mais de vida? Como vivê-los plenamente? Como tornar esses anos produtivos, mesmo perante as dificuldades degenerativas?

"Do ponto de vista do corpo físico, o envelhecimento ainda é um processo degenerativo. Porém, do ponto de vista do espírito, ou da integridade do ser, a velhice pode ser o momento do apogeu da consciência, e da plena sabedoria em ação. O momento em que finalmente nos resta tempo para usufruir plenamente de nossos relacionamentos afetivos mais importantes, de desfrutar dos nossos amigos e da vida".

Segundo Cristiane, para que isto ocorra é necessário que o indivíduo tenha feito a "lição de casa" durante toda a existência. "Esta lição de casa diz respeito ao cuidado com nossa integridade emocional e de nossos relacionamentos. A nova medicina germânica de Hammer e os avanços da biologia nos ensinam que todos os processos de adoecimento são ocasionados por dificuldades emocionais, conflitos e questões ligadas ao nosso sistema familiar não resolvidas". A psicóloga afirma que essas questões familiares muitas vezes atravessam gerações até nos atingirem e que existem soluções para isso, desde que estejamos dispostos a buscá-las antes que seja tarde.

"A velhice é o momento das reconciliações: reconciliar-se consigo mesmo, com todas as decisões da vida, com todas as pessoas importantes, com todos os conflitos antigos. Somente o reconciliar-se proporciona a paz e a harmonia interna necessária ao bom viver", conclui. Por isso, envelhecer com saúde é respeitar cada particularidade deste processo, cuidando da saúde física sem nunca esquecer que a saúde mental é fundamental para uma terceira idade com autonomia, autorrealização e participação social. Cuide-se, em todas as idades!

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Idosos: atenção às quedas

Postado em 29 de junho de 2016


A expectativa de vida da população brasileira vem aumentando através das décadas. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde – OMS, o número de pessoas com mais de 60 anos cresce mais rápido que a proporção internacional. A porcentagem atual é de que cerca de 13% da população é composta por idosos. Conforme o Relatório Mundial de Saúde e Envelhecimento da OMS, até 2050 esse número deve triplicar.

A tradução desses dados pode ser de que as políticas públicas e privadas em prol da saúde dos idosos vêm mostrando resultados. Como o Programa De Bem com a Vida da Cabergs, que promove encontros mensais com os beneficiários e os incentiva a adotar condutas benéficas para a saúde. Fato é que com o envelhecimento da população, é preciso atentar cada vez mais para os fatores de risco presentes no dia a dia.

A queda é uma das grandes vilãs da terceira idade, e envolve questões ambientais e físicas. Geralmente associada à perda de equilíbrio, comum à idade avançada, elas podem ser evitadas, ou pelo menos diminuídas, com exercícios e cuidados específicos. "Existem exercícios para melhorar ou até mesmo recuperar o equilíbrio. Estes envolvem desde reforço muscular, exercícios de propriocepção, prática das AVD¿s (atividade de vida diária), e treino de marcha", afirma a fisioterapeuta Mariana Reckziegel.

Segundo ela, é importante realizar um tratamento multidisciplinar para ajudá-los a retomar a coragem e vontade de sair de casa, que acaba sendo evitado por medo depois de algum episódio de queda. "Na grande maioria das vezes o idoso é desencorajado pela família a realizar as AVD¿s sozinho ou até mesmo acompanhado, o que acaba isolando-o do convívio social e deixando-o cada vez mais inseguro", afirma. Através do atendimento com fisioterapeuta, terapeuta ocupacional e educador físico é possível recuperar essa confiança.

Os cuidados com o ambiente também são essenciais para evitar as quedas. Para a fisioterapeuta, um ambiente ideal para o convívio de um idoso é um local sem "grandes obstáculos" no caminho, como tapetes, pequenos objetos no chão, quinas aparentes, e corredores muito estreitos. "O mais importante é avaliar o ambiente e ver em que momentos o idoso tem mais dificuldades, às vezes em situações que nos parecem simples de executar e a própria pessoa fazia com grande facilidade podem se tornar complicadas".

Se apesar de todos os esforços, algum idoso do seu convívio sofrer uma queda, ou você presenciar o incidente na rua, fique atento às dicas da fisioterapeuta para ajudá-los da melhor maneira possível: "o primeiro passo é manter a calma e tranquilizar a pessoa que caiu, verificar antes se ela está machucada, se sente dor em algum local, e caso pareça grave solicitar socorro e aguardar ajuda especializada. Caso seja uma situação mais simples o ideal para levantar do chão é posicionar a pessoa de joelhos e trazer algum apoio para perto, como uma cadeira ou banco, em seguida subir uma perna e depois a outra para ficar em pé".

Confira algumas dicas do Ministério da Saúde para prevenir o acometimento de quedas:

- Elimine da casa tudo aquilo que possa provocar escorregões e instale suportes, corrimão e outros acessórios de segurança;

- Use sapatos com sola antiderrapante;

- Amarre o cadarço do calçado e substitua os chinelos que estão deformados ou estão muito frouxos;

- No quarto: coloque uma lâmpada, um telefone e uma lanterna perto da cama; instale algum tipo de iluminação ao longo do caminho da cama ao banheiro; não deixe o chão do quarto bagunçado;

- Na sala e corredor: organize os móveis deixando um caminho livre para passar sem ter que desviar; mantenha as mesas de
centro, porta revistas, descansos de pé e plantas fora da zona de tráfego; instale interruptores de luz na entrada das dependências - interruptores que brilham no escuro podem servir de auxílio; 
mantenha fios e cabos fora das áreas de trânsito, mas nunca debaixo de tapetes; 

- Na cozinha: remova os tapetes que promovem escorregões; limpe imediatamente qualquer líquido, gordura ou comida que tenham sido derrubados no chão;

- Na escada: interruptores de luz devem estar instalados tanto na parte inferior quanto na parte superior da escada; a iluminação deverá permitir a visualização desde o princípio da escada até o fim; remova os tapetes que estejam no início ou fim da escada; coloque tiras adesivas antiderrapantes em cada borda dos degraus; instale corrimãos por toda a extensão da escada;

- No banheiro: coloque um tapete antiderrapante ao lado da banheira ou do box; instale barras de apoio nas paredes do banheiro; mantenha algum tipo de iluminação durante as noites; use dentro da banheira ou no chão do box tiras antiderrapantes.

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É possível viver bem com o diagnóstico de Parkinson?

Postado em 13 de abril de 2016




É possível, sim. Para isso é preciso entender o que é a Doença de Parkinson, suas limitações e, principalmente, conhecer seus sintomas para que o diagnóstico seja precoce. De acordo com a Associação Brasil Parkinson, a Doença de Parkinson - DP é uma doença neurológica e progressiva, causada pela degeneração das células situadas numa região do cérebro chamada substância negra. Essas células produzem uma substância chamada dopamina, que conduz as correntes nervosas (neurotransmissores) ao corpo. A falta ou diminuição da dopamina acaba afetando os movimentos do paciente, causando sintomas como tremores, lentidão de movimentos, rigidez muscular, desequilíbrio, além de alterações na fala e na escrita.

Não existem, ainda, exames e testes específicos para o diagnóstico da DP, a comprovação da doença acaba sendo feita com base em histórico clínico e exame neurológico. A evolução é bem variável, de paciente para paciente, mas o processo é vagaroso, não passando por mudanças drásticas.

"O diagnóstico de Parkinson é um acontecimento sério na vida de uma pessoa, o modo como o paciente interpreta o fato é muito importante. Disso vai depender a maneira como ele se sente e o que ele fará diante desta constatação", conta a psicóloga Neusa Chardosim. Segundo a doutora, os primeiros sintomas da DP podem passar despercebidos por serem leves, podendo haver tremor no polegar, que vem e vai, uma sensação de tremor interno, déficit olfativo ou a escrita pode ficar pequena. "Com o passar do tempo, a presença de sintomas motores vai se intensificando, e os sintomas não motores, como apatia, insônia, depressão, e perda de peso, vão se evidenciando".

A maior parte dos pacientes com a DP conseguem manter a capacidade de aproveitar a vida por bastante tempo, apesar dos sintomas. Como é o caso da Sr. Augusta Paula de Campos, hoje com 90 anos. O diagnóstico de DP aconteceu há, aproximadamente, 6 anos, depois de 2 anos de exames e testes. "Ela tinha dificuldades para caminhar, mas os médicos achavam que era algum problema na coluna, pois os tremores característicos do Parkinson não aconteciam. Os sintomas foram intensificando, subindo para o intestino, afetando a motricidade fina, e depois surgiram problemas com a fala e engasgos", conta a professora Maria Nanci, filha da Srª Augusta. Apesar do diagnóstico dificultado, assim que descobriu a DP, a srª Augusta iniciou o tratamento com medicação, apresentando melhoras já nos primeiros dias. "E nesses 6 anos a doença praticamente não evoluiu", afirma.

As mudanças foram grandes na família. A srª Augusta morava sozinha e tinha uma vida praticamente independente. Hoje, vive em uma casa geriátrica, onde recebe todo tratamento necessário para viver bem com Parkinson. Faz fisioterapia duas vezes na semana, terapia ocupacional, atividades manuais, lê revistas e jornais e mantém-se ativa. Faz tudo isso com autonomia, e cercada de amigas. "A mãe tem uma excelente qualidade de vida, tem vontade de viver, pensamento positivo e muita espiritualidade", conta Nanci. "É claro que não é fácil, mas a gente tem que aprender a lidar, tem que ter pensamento positivo, se não podemos mudar a situação, então temos que aceitar, não é?".

Quando a família e os amigos do parkinsoniano mantêm uma postura positiva, eles ajudam a criar um espírito de bem-estar e aliviar muitos dos medos e ansiedades que podem acometer o paciente com Parkinson. "O que quer que aconteça, o paciente com a DP precisa aceitá-la como parte de sua vida. Aqueles que aceitam sua condição e procuram informar-se são capazes de melhor programar sua existência com a doença, inteligentemente", afirma a psicóloga.

Um importante ferramenta para essa aceitação é a participação em grupos de apoio. "Eles integram o pa
ciente na sociedade, mostrando que ele não está sozinho nessa batalha, os pacientes e seus familiares conseguem dividir suas angústias com pessoas que também passam pela mesma situação". A psicóloga afirma, ainda, que o sucesso do tratamento envolve muito mais que o uso de medicamentos, "é essencial que o tratamento seja feito por meio de um trabalho integrado envolvendo pacientes, familiares, cuidadores e profissionais que estão ligados ao tratamento, buscando uma melhor qualidade de vida deste paciente. Esta equipe multiprofissional compreende os atendimentos com neurologistas, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, psicólogos, nutricionistas, terapeutas ocupacionais e dentistas", conclui.

É possível viver bem com Parkinson. Esteja atento aos sinais da doença, seja em você ou em alguém da família. O diagnóstico precoce, o tratamento multidiciplinar e pensamento sempre positivo garantem uma boa qualidade de vida para o parkinsoniano.

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