Saúde e bem estar

A sua vida, mais saudável.

Dia Mundial sem Tabaco

Postado em 30 de maio de 2018



Durante anos o ato de fumar foi, equivocadamente, interpretado como um estilo de vida. Mas, ao contrário do que muitas pessoas pensam, o tabagismo é uma dependência química e precisa ser tratada como uma doença. Outro mito que precisa ser quebrado é de que pessoas que fumam poucos cigarros por dia estão livres das consequências que ele traz a saúde. Fumar cinco cigarros diários durante 20 anos, por exemplo, provoca riscos enormes à vida.

O tabaco agrava os riscos de uma pessoa desenvolver câncer e é o primeiro fator de risco para diversas formas da doença. Cerca de 50% dos cânceres de bexiga, por exemplo, são causados pelo uso do tabaco. Já o câncer de pulmão está ligado ao hábito de fumar em 85% dos casos. Aliás, um em cada três casos de câncer tem origem no fumo. Além do câncer, o cigarro aumenta o risco de doenças cardiovasculares, causa alergias, asma, bronquite crônica, diversas  doenças pulmonares,problemas de pele e bucais.

É importante lembrar que, para quem não tem conseguido abandonar o vício por conta própria, existe tratamento médico. O modelo de tratamento baseado na abordagem cognitivo-comportamental possibilita que ele seja realizado em grupo ou individualmente e tem o objetivo de ajudar o tabagista a desenvolver habilidades que o auxiliarão a permanecer sem fumar. O apoio medicamentoso, quando necessário, é outro recurso usado no tratamento do tabagismo e disponibilizado na rede SUS.

O tabagismo é um dos principais fatores de risco para morte precoce e incapacidade em todo mundo. É preciso entender que não existe limite seguro para o consumo de tabaco. "Conseguir para de fumar é algo parecido com uma vitória olímpica. É uma conquista que honra o vencedor, resgata sua autoestima, a força e a confiança na razão." (Flavio Gikovate)

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INCA alerta para os danos ao desenvolvimento causados pela produção de fumo

Postado em 31 de maio de 2017


O tema da campanha coordenada pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA) para o dia 31 de maio, data estabelecida em 1987 pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como o Dia Mundial sem Tabaco, será "Tabaco: uma ameaça ao desenvolvimento". Isto porque, além de danos à saúde pública, a produção e o consumo causam impactos socioambientais significativos e pouco conhecidos.

Para a produção, é necessário o consumo de lenha para aquecer as estufas que secam as folhas de tabaco, levando ao desmatamento e ao desequilíbrio da biodiversidade em tempos de mudança climática. Além disso, segundo o INCA, um estudo revelou que em 2011 foram gastos R$ 23 bilhões no Brasil com o tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) de algumas das mais de 50 doenças relacionadas ao tabaco.

Um estudo mundial publicado na revista BBC Brasil em abril deste ano, revelou que o tabagismo é responsável por uma em cada 10 mortes no mundo. O Brasil ocupa o oitavo lugar no ranking de número absoluto de fumantes: 7,1 milhões de mulheres e 11,1 milhões de homens. Entretanto, a boa notícia é que, com impostos mais altos e avisos sobre danos à saúde nos maços de cigarro, o Brasil está entre os campeões de queda do número de fumantes. Em 25 anos, a porcentagem de fumantes diários caiu de 29% para 12% entre homens e de 19% para 8% entre mulheres. No entanto, é preciso manter o alerta e o foco nas ações de conscientização e políticas, como a proibição do consumo em ambientes fechados.

De acordo com o INCA, dados de 2016 sobre a epidemia global do tabaco indicam que quase seis milhões de mortes por ano são causadas pelo consumo do cigarro. 
Destas, mais de 600 mil são fumantes passivos (pessoas que não fumam, mas convivem com fumantes). Conforme a Fundação do Câncer - instituição sem fins lucrativos que, desde 1991, capta recursos e investe em prevenção, diagnóstico precoce e assistência - o ato de fumar no Brasil é responsável por: ¿ 200 mil mortes por ano (23 pessoas por hora).

- 25% das mortes causadas por doença coronariana – angina e infarto do miocárdio.

- 45% das mortes por infarto agudo do miocárdio na faixa etária abaixo de 65 anos.

- 85% das mortes causadas por bronquite crônica e enfisema pulmonar (doença pulmonar obstrutiva crônica).

- 90% dos casos de câncer no pulmão (entre os 10% restantes, 1/3 é de fumantes passivos).

- 25% das doenças vasculares (entre elas, derrame cerebral).

- 30% das mortes decorrentes de outros tipos de câncer (de boca, laringe, faringe, esôfago, estômago, pâncreas, fígado, rim, bexiga, colo de útero, leucemia).

A boa notícia é que nunca é tarde para parar de fumar e dar um basta na progressão destes danos! Cuide-se hoje, pare de fumar!

A Cabergs pode lhe apoiar. Conheça o Programa de Prevenção e Tratamento do Tabagismo, que conta com abordagem multidisciplinar e orientação cognitivo-comportamental. Realiza atendimento por meio avaliação médica, grupos de apoio e acompanhamento pela equipe da Gerência de Prevenção e Promoção da Saúde e, ainda, se for necessário, proporciona subsídio à medicação prescrita.

Para maiores informações contate pelo telefone (51) 3262 9212 ou pelo e-mail: prevencao@cabergs.org.br

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Pare agora, não deixe para amanhã!

Postado em 01 de junho de 2016



Essa semana foi comemorado o Dia Mundial sem Tabaco, data promovida pela Organização Mundial da Saúde desde 1987. Em quase 30 anos, muitas políticas anti-fumo já foram implantadas no país e no mundo, e as pesquisas comprovam que o percentual de fumantes vem diminuindo gradativamente. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer-INCA, em 1989 o percentual de fumantes de 18 anos ou mais no país era de 34,8%. Já em 2013, este número caiu para 14,7%.

O tabagismo não é um hábito. O tabagismo não é um estilo de vida. É uma dependência, uma doença. E é necessário enxergá-lo como tal. Faça a seguinte comparação: uma pessoa é considerada alcoólatra quando abusa na ingestão de bebidas alcoólicas, quando bebe álcool todos os dias e constantemente passa da conta. O alcoólatra é visto pela sociedade como uma pessoa doente, e que precisa de ajuda. O tabagista não, e é preciso mudar essa realidade.

Para o pneumologista Luiz Carlos Corrêa da Silva, do Programa de Controle do Tabagismo 180º da Santa Casa, o tabagismo é dependência química. "É um transtorno mental e comportamental relacionada à dependência da nicotina. No nosso cérebro existem receptores que são estimulados pela nicotina, eles interferem em outro setor do cérebro onde é formada a dopamina, responsável pela sensação de prazer, e isso gera efeitos estimulantes no fumante, causando a dependência". Além disso, existe uma dependência psicológica, que envolve o hábito de acender o cigarro, ocupar as mãos, o enfrentamento à ansiedade. "O fumante às vezes nem se dá conta de que acendeu o cigarro e está fumando, ele entra no modo automático. Isso chamamos de automatismo, que é fazer o mesmo movimento repetidas vezes".

Acontece que poucos tabagistas entendem, de fato, o que o cigarro causa ao organismo no segundo em que o cigarro é aceso e a fumaça é tragada. "A fumaça contém 4.700 substâncias tóxicas, algumas cancerígenas e outras causadoras de muita irritação para as mucosas. Quando tragada, penetra pelo sistema respiratório, levando essas substâncias para o pulmão, passando para o sangue e seguindo para todos os locais do nosso organismo. Não existe nenhum setor do organismo que não receba uma fração dessas substâncias químicas". Portanto, apesar do sistema respiratório ser o mais atingido pelo fumo, ele está longe de ser o único.

Segundo o INCA, o cigarro é causa de aproximadamente 50 doenças, sendo muitas delas impactantes e fatais, como o câncer, e sendo fator importante de risco para outros tipos de doença, como a tuberculose, impotência sexual, osteoporose e infertilidade. Para o Dr. Luiz, o tabagismo impacta consideravelmente em quatro grupos de doenças: Cardiovascular, causando principalmente o infarto agudo do miocárdio; Cerebrovascular, causando derrame cerebral; Câncer de vários órgãos, mesmo os que estão à distância do setor respiratório; e a Doença Pulmonar Crônica, principalmente o enfisema pulmonar e a bronquite crônica.

Para lidar com a dependência é necessário, então, uma visão multidisciplinar do tratamento. De acordo com o Dr. Luiz o primeiro passo é trabalhar a motivação para largar o cigarro, encontrar os motivos pelos quais a pessoa recorre ao fumo, e se há uma real vontade de parar de fumar. "O mais importante é a terapia cognitivo-comportamental, é fazer com que essa pessoa tome sua decisão e mantenha a certeza de que está fazendo uma decisão certa em parar de fumar. Com isso ela terá mais estímulo e mais coragem para o enfrentamento do vício". Depois, com auxílio médico, é possível fazer uma terapia de reposição de nicotina, através de adesivos ou gomas de mascar, tratamento psicológico, tratamentos através de medicação, entre outros. "Em casos de muita dificuldade é possível associar todos os tipos de tratamento", completa o pneumologi
sta.

É claro que algumas pessoas enfrentarão essa luta com mais facilidade, outras irão esbarrar em muitos obstáculos, como a abstinência à nicotina, a ansiedade, as mudanças de hábito. Mas uma coisa é possível afirmar: não é impossível parar de fumar. Se você já tentou e fracassou, procure ajuda médica e grupos de apoio. Se ainda não tomou essa decisão, pense em quantos momentos você irá perder, com os amigos e a família, quando for tarde demais e os danos ao seu organismo forem irreversíveis. Ame sua saúde, hoje. Não deixe para amanhã. Cuide-se!

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Nunca é tarde para parar

Postado em 18 de maio de 2016



De acordo com a Organização Mundial de Saúde, o tabagismo é a maior causa de morte evitável no mundo, sendo responsável por uma morte a cada seis segundos. Num ano, esse número chega a 6 milhões de mortes, associadas a doenças pulmonares crônicas, como bronquite e enfisema, diversos tipos de câncer, como de pulmão, boca, laringe e faringe, doenças coronárias, como angina e infarto, e doenças cerebrovasculares, como o AVC.

Para o Instituto Nacional do Câncer, se a tendência atual continuar, em 2030 o tabaco matará cerca de 8 milhões por ano sendo que 80% dessas mortes ocorrerão nos países da baixa e média renda. São dados preocupantes de uma doença que para a maioria das pessoas, não passa de um hábito.

"Durante anos o ato de fumar foi, equivocadamente, interpretado como um estilo de vida, reforçado expressivamente pela propaganda. Atualmente, ao contrário, existe o entendimento de que o tabagismo é uma doença resultante da dependência à nicotina", conta Eunice Bittencourt, coordenadora do Programa de Prevenção e Tratamento do Tabagismo, da Cabergs. O Tabagismo está, inclusive, classificado no Código Internacional de Doenças (CID-10) no grupo de transtornos mentais e de comportamentos decorrentes do uso de substâncias psicoativas. "Além disso, as diversas substâncias, em torno de 4.700, presentes na composição dos produtos do tabaco, são fatores causais para cerca de 50 doenças tabaco-relacionadas".

Foi ciente da complexidade da doença que a Cabergs criou, em 2007, o programa que auxilia os tabagistas a deixarem de fumar. Desde então, 495 beneficiários já foram atendidos pelo Programa de Tabagismo, sendo que cerca de 40% deste grupo mantiveram-se abstinentes do cigarro, percentual de acordo com os parâmetros do Ministério da Saúde.

Luis Homero Silva de Oliveira, 53 anos, colaborador da Fundação Banrisul, felizmente faz parte desses números. "Fui amadurecendo a ideia com o tempo, pois mesmo o fumante não gostando de falar no assunto, todos sabem que faz um mal tremendo à saúde e conforme tu vais ficando mais velho não tem como não pensar nisso. Realizei um check-up médico, algo que nunca tinha feito, então percebi que era o momento de parar". Uma das dificuldade foi definir o dia que pararia de fumar e não pegaria mais um cigarro na mão. "Tu vais protelando este momento, talvez por medo de que não vá conseguir e se sentir fracassado", conta.

Apesar do corpo sentir falta da nicotina e gerar desconforto em quem tenta parar, existe ainda uma grande pressão psicológica para quem assume essa luta. "Enfrentei uma cobrança muito grande comigo mesmo, de que eu não poderia falhar neste processo", diz Homero, que fumou desde os 22 anos.

Em 2015, ele aderiu ao Programa, e está sem fumar desde então. "O programa me ajudou a entender que era realmente importante parar de fumar, e a lidar com a abstinência do cigarro". Além disso, interagir com outras pessoas que passam pela mesma situação e buscam o mesmo objetivo é importante. O resultado dessa luta? "A respiração está bem melhor, mas o que mais me deixou feliz foi ver a alegria das minhas filhas ao saberem da minha decisão de parar de fumar". Parabéns Homero!

Já para Iêda Damasceno de Andrade, analista do Banrisul, a luta contra o tabagismo foi um pouco mais longa. Fumante há 36 anos, ela já participou do programa três vezes. "Participei do primeiro programa da Cabergs, em 2007, depois participei mais duas vezes e somente na última é que consegui deixar de fumar".

Muitos fatores a motivaram a largar o vício, entre eles a qualidade de vida, tanto física quanto emocional. Sentir discriminação por parte das outras pessoas também incentivou a decisão, "eu me sentia inferiorizada por
causa do tabagismo".

Participar do Programa de Tabagismo foi essencial para acreditar que parar de fumar era, sim, possível. "O programa me ajudou na troca de experiências entre os membros do grupo e verificar que algumas pessoas conseguiam parar de fumar", conta. "Hoje sinto que minha respiração é melhor, tenho disposição para outras atividades como ginástica e outras atividades físicas que não tinha enquanto era fumante".

Para Iêda, o processo todo foi muito difícil, mas ela afirma que com muita força de vontade é possível abandonar o tabagismo. Fumante desde os 16 anos, hoje ela comemora: "Estou em abstinência há 9 meses". E a Cabergs comemora junto contigo Iêda!

O Programa visa auxiliar para soluções dos problemas decorrentes do tabagismo, estimulando habilidades para resistir às tentações de fumar para prevenir a recaída. É essencial preparar o fumante para lidar com o estresse resultante do abandono do tabaco e desmistificar o preconceito, esclarecendo questões com relação a dependência química.

Sua metodologia oferece grupos de apoio, com abordagem multidisciplinar e orientação cognitivo-comportamental, apoiada por médico, enfermeiro, assistente social e nutricionista. Os participantes contam com subsidio de 50% para os medicamentos prescritos por médicos, e acompanhamento da equipe da Gerência de Prevenção e Promoção da Saúde pelo período de um ano, a partir da adesão ao Programa.

O sucesso do programa nos quase 10 anos de trabalho trouxe resultados que ultrapassaram os grupos de fumantes: em março desse ano, a Cabergs recebeu da Diretoria de Normas e Habilitação dos Produtos da Agência Nacional de Saúde Suplementar - ANS, a declaração de aprovação do Programa de Prevenção e Tratamento do Tabagismo. A aprovação de um programa de prevenção de riscos e doenças pela ANS representa que sua metodologia está de acordo com a preconizado pela referida Agência e poderá contribuir para o resultado do Índice de Desempenho da Saúde Suplementar - IDSS, conjunto de indicadores que mede o desempenho das Operadoras de Planos de Saúde.

A inscrição no programa é gratuita e pode ser feita pelo telefone: 51.3262.9212 ou prevencao@cabergs.org.br. "Se você pretende parar de fumar, busque o apoio de familiares e amigos. E lembre-se: qualquer que tenha sido o caminho escolhido é essencial estar motivado e não desanimar diante da primeira dificuldade", afirma a coordenadora do Programa. São necessários 12 meses sem fumar para você ser considerado um ex-fumante, mas os benefícios do abandono definitivo do cigarro são para a vida toda. Cuide-se!

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Nutrição e Tabagismo

Postado em 29 de agosto de 2014


A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera o tabagismo como a principal causa de morte evitável em todo mundo. Pequenas mudanças na alimentação podem ajudar a lidar com o desejo intenso de fumar ("fissura") para os novos ex-fumantes ou para quem esta em fase de cessação. Segundo a Nutricionista Bianca Paludo, existem diversos estudos apontando que uma alimentação mais saudável ajuda o paciente que está parando de fumar a não aumentar de peso. "Na prática clínica, temos pacientes que inclusive emagrecem devido uma orientação nutricional adequada, bem como adesão ao tratamento sugerido. Dessa forma além de para de fumar, é possível melhorar os hábitos e estilo de vida", afirma Bianca.

Seguem abaixo algumas dicas:

- Beba muita água! Dentro do possível priorizar água mais gelada. A água é importante na eliminação de produtos tóxicos do metabolismo e no sangue atua como meio de transporte para que o oxigênio e os nutrientes alcancem as células;
- Mastigue chiclete de canela e balas ou cristais de gengibre;
- Sempre carregue alimentos de baixa caloria como frutas ou barra de cereal pouco calórica, lembrando que as frutas sempre são mais indicadas. Se estiver em casa e tiver vontade de fumar ou de comer algo para "atenuar" a ansiedade prefira gelatina, iogurte light, leite desnatado ou frutas;
- Ingira primeiro as saladas;
- Realize 6 refeições/dia;
- Planeje com antecedência. Tenha comidas saudáveis à disposição para as refeições;
- Prefira alimentos que precisem ser bem mastigados;
- Para evitar a insônia ou os "assaltos" à geladeira, tome uma xícara de chá ou um copo leite desnatado ou iogurte light ou uma fruta ou gelatina antes de deitar;
- Escove mais vezes por dia os dentes do que o habitual;
- Faça exercícios físicos regulares;
- Respire profundamente;
- Evite ingerir álcool e cafezinho durante os primeiros dias de abstinência do cigarro, pois existe uma forte associação entre bebida alcoólica e café com o cigarro.


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