Saúde e bem estar

A sua vida, mais saudável.

Queremos falar sobre a Carina!

Postado em 19 de outubro de 2016


Durante o Outubro Rosa temos divulgado, aqui no Blog Vida em Equilíbrio e nas redes sociais, os diversos fatores relevantes quando o assunto é câncer de mama. Listamos os alimentos que favorecem a saúde do organismo, e também a importância do cuidado com o bem-estar físico nessa batalha. Explicamos o passo a passo do autoexame e a necessidade de exames periódicos. Mas nesse Dia Mundial de Combate ao Câncer de Mama, queremos falar apenas sobre superação. Sobre enfrentar essa difícil luta e sair vencedora, cheia de amor pela vida e por cada adversidade que ela nos propõe. Hoje, queremos falar sobre a Carina.

A Carina, beneficiária de Santa Cruz do Sul, percebeu há dois anos um pequeno caroço durante o autoexame, no banho. "Relatei o achado para a minha médica e desde então passamos a investigar o que poderia ser através de exames". Na época, após encaminhamento para um mastologista, ela realizou uma punção que apontou um nódulo benigno, chamado fibroadenoma. "O médico me explicou que isso era comum na minha idade e que eu não deveria me preocupar, apenas tinha que acompanhar". Passado um ano, ao realizar os exames de revisão, o nódulo tinha aumentado, sem que ela percebesse. "Eu resolvi ouvir a opinião de outro mastologista, que me sugeriu que fizesse uma biópsia antes de optar pela remoção do nódulo. Com o resultado veio a surpresa e o susto... não sabia o que estava por vir", relata a beneficiária, hoje com 35 anos.

O pânico da notícia acabou provocando uma baixa na imunidade e causando uma pneumonia, que atrasou o início do tratamento por mais um mês. "Esse foi o momento mais difícil, realizei diversos exames para identificar meu prognóstico, eu realmente não sabia com o que estava lidando".

"Até o segundo ciclo de quimioterapia eu ainda estava inconformada e muito abalada. Parei com minhas atividades profissionais e atividades físicas porque a baixa de imunidade já não me permitia mais". Ela, que sempre foi viciada em atividade física, teve que dar adeus aos músculos que tinha conquistado ao longo dos anos. "Perder o corpo que eu tinha foi o mais difícil durante a quimioterapia, muito mais que a perda do cabelo. Por mais que o objetivo do tratamento seja salvar a vida, o impacto psicológico de qualquer mudança física é muito grande e não deve ser menosprezado. De tudo, essa transformação ainda é o que mais me incomoda, e cada passo que dou dentro da academia é uma vitória", desabafa.

"Senti que era hora de parar tudo e cuidar de mim. Começar a batalha para sair daquela situação". A Carina resolveu, então, encarar o tratamento como uma oportunidade para fazer coisas que ela nunca achava tempo para fazer, como leitura, assistir filmes e séries, aprender a fazer crochê, usar aplicativo para aprender inglês no celular. "Aprender e fazer coisas novas durante o tratamento foi muito importante, assim como o apoio da família, amigos e de toda a equipe multidisciplinar que cuidou de mim (nutricionista, psicóloga, enfermeiras, médicos, farmacêutica, fisioterapeuta), sem falar no acompanhamento de assistência social que tive pela Cabergs, que sempre se mostrou presente", afirma.

Com essa nova forma de reagir ao tratamento, o resultado foi o melhor possível: a quimioterapia da Carina tinha atingido o desfecho esperado. "Foi a maior felicidade da minha vida saber que a quimioterapia tinha sido efetiva após os 8 ciclos do tratamento".

Com isso, a Carina pode realizar a cirurgia de quadrantectomia, que diferente da mastectomia que retira a mama inteira, remove apenas o câncer e algum tecido ao redor dele. No mesmo procedimento, já fez a reconstrução mamária. "Eu saí da sala de cirurgia com a melhor sensação do mundo, de que o pior tinha ficado para trás. Eu sabia que estava tendo a chance de nascer de novo e poder ver o mundo de outro jeito, e isso é uma coisa que me emociona até hoje", conta.

O tratamento seguiu com radioterapia, fisioterapia e "muita paciência", como diz a Carina. Passado um ano do susto, ela segue em tratamento hormonal preventivo, mas com um prognóstico "o mais próximo da cura possível". "Minha vida voltou novamente e já retomei todas minhas atividades normais, com a diferença de que agora eu vejo o mundo com os olhos de quem acabou de nascer!".

O câncer pode ser vencido, com muita luta e positividade. Faça como a Carina, mantenha seus exames em dia, faça o autoexame com frequência e nunca, nunca mesmo, deixa de lutar!!

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