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26 de abril - Dia Nacional de Prevenção e combate à Hipertensão Arterial

Postado em 26 de abril de 2016




Segundo dados do IBGE de 2013, 31,3 milhões de brasileiros sofrem de hipertensão. Isso corresponde a um quarto da população. Entre a população idosa, acima de 65 anos, esse número sobe para alarmantes 53%.

Hipertensão é quando a pressão arterial é, constantemente, igual ou maior que 14 por 9. De acordo com a Sociedade Brasileira de Hipertensão, a pressão se eleva por vários motivos, mas principalmente porque os vasos nos quais o sangue circula se contraem.

De acordo com o Dr. Lázaro Krummenauer, médico do ambulatório Cabergs, em mais de 90% dos casos a hipertensão é considerada essencial ou primária, ou seja, não há um fator desencadeante, "trata-se de um traço associado a genética". No restante dos casos é chamada de hipertensão secundária ou adquirida, quando "estão associados a doenças renais, doenças da tireoide, doenças vasculares, tumores cerebrais, obesidade e associações de doenças degenerativas que determinam como complicações também a hipertensão", conta. Nesses casos, quando a hipertensão é secundária, tratando a doença de base é possível curar a hipertensão.

Apesar de ser chamada de doença silenciosa, a hipertensão pode dar avisos. "Os sintomas mais comuns são aqueles relacionados a cefaleia, tonturas, dor torácica, falta de ar ou que irão ocorrer por complicações da evolução da doença", afirma Dr. Lázaro.

Se não tratada, a doença traz sérias consequências ao corpo, por isso é importante conhecer sua pressão. "Um indivíduo sadio, jovem, assintomático, pode medir a pressão a cada 6 meses. Já aqueles com mais de 40 anos, ou que possuem algum sintoma correspondente a doença, a cada 3 meses".

A doença ataca os vasos, coração, rins e cérebro. Os vasos sofrem quando o sangue circula com pressão elevada, tornando-se endurecidos e estreitados, podendo entupir ou romper. Quando o entupimento de um vaso acontece no coração, causa angina, podendo acarretar em infarto. No cérebro, um vaso entupido ou rompido leva a um AVC. E nos rins, podem ocorrer alterações na filtração e paralisação do órgão.

De acordo com a campanha Eu sou 12 por 8, da Sociedade Brasileira de Cardiologia, as pessoas que têm familiares hipertensos e que não têm hábitos alimentares saudáveis têm mais risco de desenvolver hipertensão. Quem está acima do peso, exagera no consumo de álcool ou é diabético também está mais propenso a ter pressão alta.

A ingestão de sal também está associada à hipertensão. Para o Dr. Lázaro, a dose recomendada atualmente gira em torno de 6 gramas diárias, "a idéia não é retirar o sal e sim usá-lo com a moderação recomendada", afirma.

Para controlar a hipertensão, é super importante que o paciente mantenha o tratamento para a vida toda, seja ele por medicação ou mudanças no estilo de vida. Nos casos em que se faz uso de medicamentos, é importante administrá-los conforme a orientação. Se você tiver qualquer dúvida sobre o medicamento, converse com seu médico e compareça às consultas regularmente. É essencial que o paciente nunca abandone o tratamento.

Quando a doença não é grave, é possível controlar a pressão arterial modificando pequenos hábitos, como alimentação e atividades físicas. Confira algumas dicas da Sociedade Brasileira de Hipertensão:
  • - Meça sua pressão arterial regularmente;
  • - Tenha uma alimentação saudável: - Evite açúcares e doces, derivados de leite integrais, carnes vermelhas com gordura aparente, temperos prontos, alimentos processados e industrializados como embutidos, conservas e enlatados; - Prefira alimentos cozidos, assados, grelhados ou refogados, temperos naturais, frutas, verduras e legumes, produtos lácteos desnatados;
  • - Pratique atividade
física, caminhadas, suba escadas ao invés de usar o elevador, ande de bicicleta, nade, dance;
  • - Mantenha um peso saudável;
  • - Diminua a quantidade de sal na comida;
  • - Diminua o consumo de bebidas alcoólicas;
  • - Não fume! Depois da hipertensão, o fumo é o principal fator de risco de doenças cardiovasculares;
  • - Controle o estresse.
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