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Sol: você faz dele um vilão ou aliado?

Postado em 20 de janeiro de 2016




O Sol é a nossa maior fonte de energia, mas também é motivo de preocupação quando não tomamos os cuidados necessários. Ele pode ser nosso aliado, ou tornar-se um vilão. E a diferença depende exclusivamente de um fator: proteção.

Devemos usar protetor solar não apenas no verão, mas o ano inteiro. Mesmo no inverno, mãos, rosto e colo ficam expostos ao sol e inspiram cuidados. Segundo a dermatologista Dra. Rosana Nagel, as regiões com maior incidência de câncer de pele são as áreas expostas, mas as lesões podem aparecer em qualquer área, como palma das mãos, planta dos pés, costas e orelhas.

O sol pode causar três tipos de câncer de pele: o Carcinoma Basocelular, Carcinoma Epidermoide e o Melanoma, sendo o último passível de predisposição genética. Mesmo sem casos de câncer de pele na família, o acúmulo de exposição solar pode causar a doença em todos os tipos de pele. "As pessoas de pele clara, aquelas que dificilmente se bronzeiam, que têm olhos claros, os ruivos, e pessoas com sardas sempre serão mais suscetíveis", informa a Dra. Rosana.

Apesar das diversas campanhas realizadas para conscientizar a população sobre os riscos da exposição solar, a incidência da doença no Brasil cresceu mais de 50% em 10 anos. Mesmo com todas as informações disponíveis, as pessoas continuam fazendo o uso irresponsável do sol, como a exposição em horários inapropriados, sem proteção e por longos períodos. "E o custo elevado dos protetores de qualidade acaba tornando inviável o uso contínuo do produto", afirma.

E quando a proteção não é suficiente, como localizar o problema? Dra. Rosana conta que não é fácil identificá-lo, principalmente em pessoas que possuem muitos sinais. Por isso, um médico dermatologista deve ser consultado anualmente e, aliado a isso, "ficarmos atentos a lesões novas, que mudam de cor, sangram ou coçam", conclui a médica.

Já ouviu falar do autoexame de pele?

Segundo o Instituto Nacional do Câncer - INCA, o autoexame é um método simples que pode ajudar a detectar o câncer de pele. Ao identificar o tumor precocemente e tratar enquanto o câncer - tanto melanoma quanto não melanoma - não invadiu as camadas mais profundas da pele, a chance de cura é muito maior.

Quanto mais frequente o autoexame for realizado, melhor. Com ele nos familiarizamos com a superfície da nossa pele e passamos a conhecer cada sinal, mancha, tonalidade e características. Saiba como realizar o autoexame:

1) Em frente a um espelho, com os braços levantados, examine seu corpo de frente, de costas e os lados direito e esquerdo;
2) Dobre os cotovelos e observe cuidadosamente as mãos, antebraços, braços e axilas;
3) Examine as partes da frente, dos lados e atrás das pernas além da região genital;
4) Sentado, examine atentamente a planta e o peito dos pés, assim como os entre os dedos;
5) Com o auxílio de um espelho de mão e de uma escova ou secador, examine o couro cabeludo, pescoço e orelhas;
6) Finalmente, ainda com auxílio do espelho de mão, examine as costas e as nádegas.

Ao realizá-lo, fique atento aos seguintes sinais:

- Manchas pruriginosas (que coçam), descamativas ou que sangram;
- Sinais ou pintas que mudam de tamanho, forma ou cor;
- Feridas que não cicatrizam em 4 semanas.

Deve-se, ainda, ter em mente o ABCDE da transformação de uma pinta em melanoma: 

- Assimetria - uma metade diferente da outra
- Bordas irregulares - contorno mal definido
- Cor variável - várias cores numa mesma lesão: preta, castanho, branca, avermelhada ou azul
- Diâmetro - maior que 6 mm
- Evolução - acompanhamento regular, caso ocorra evolução de algumas dessas características

É útil anotar as datas e a aparência da pele em cada exame. Caso encontre qualquer diferença ou alteração, é muito importante que você procure orientação médica de um dermatologista.


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