Sem idade e sem classe social: a pressão alta, como é chamada popularmente, não escolhe o indivíduo, ela pode acometer desde a criança até o idoso. Essa doença está relacionada com a força que o sangue faz contra as paredes das artérias para conseguir circular por todo o corpo.
Maus hábitos alimentares e sedentarismo entre as crianças resultam em obesidade e problemas associados, os quais causam pressão alta. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que 17% das crianças brasileiras têm hipertensão arterial. Existem dois tipos de pressão alta, a hipertensão arterial primária, que ocorre após os 12 anos de idade e tem sintomas como dores no peito, dor de cabeça, tonturas, zumbido no ouvido, fraqueza, visão embaçada e sangramento nasal; e a mais comum em crianças é a hipertensão arterial secundária, que ocorre como consequência de outras doenças ou da utilização de medicamentos. Nos adultos, a pressão ideal deve ser até 120 x 80 mmHg, mas até 149 x 89 mmHg ainda é considerada aceitável. Um estudo publicado recentemente pela European American Heart quantificou os riscos que a hipertensão pode representar ao sistema neurológico. A pesquisa revelou que quadros de pressão ligeiramente elevada, a partir dos 50 anos, já são suficientes para aumentar o risco de demência em cerca de 45% até os 75 anos.
A pressão alta não tem cura, mas tem tratamento e pode ser controlada. Somente o médico poderá determinar o melhor método para cada paciente. Porém, é imprescindível adotar um estilo de vida saudável para preveni-la ou tratá-la: não abusar do sal, utilizar outros temperos que ressaltam o sabor dos alimentos, praticar atividade física regularmente, incluir na rotina diária atividades que causem sensação de prazer e moderar o consumo de álcool. Procure manter um estilo de vida equilibrado para você e para as pessoas com as quais tem convivência.