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Setembro Amarelo: Cultura do cancelamento acende alerta sobre saúde emocional

Postado em 30 de setembro de 2021


Se você está inserido no mundo virtual e conectado através das redes sociais já viu diversos episódios de "cancelamento", principalmente com pessoas públicas. Nesses casos, são grupos de pessoas que querem justiça social, praticam bullying e, inclusive, violência física como forma de retificação. Situação como essa, seguida por perseguição online vem sendo relatada com maior frequência a partir do movimento #MeToo – ação contra assédio e agressão sexual.

Analisando a cultura do cancelamento, o objetivo é realizar justiça social através de boicotes e banimento de pessoas, eventos ou marcas que assumem comportamentos considerados incorretos ou que ferem valores de um grupo. Muito desse comportamento é intrínseco do ser humano, porém, por se tratar da internet, muitas vezes os linchadores acreditam serem anônimos, mas acabam prejudicando a saúde emocional do outro e, pode, inclusive, resultar em suicídio.

Para os jovens de hoje, esse assunto é bastante polêmico, pois fere o emocional e, muitas vezes, o físico. Usuária assídua de redes sociais, Caroline Silva Campos, 20 anos, mantém-se alerta sobre o assunto e percebe que a cobrança está excessiva e tem abalado muitos jovens. Ela afirma que nunca viveu nenhum caso de bulliyng, mas já foi rechaçada por expressar sua opinião política nas mídias sociais. "As pessoas confundem os julgamentos e acabam "cancelando" os outros, isso está cada vez pior", inicia ela. "Já presenciei alguns casos de bullying virtuais e foi extremamente aterrador", conclui.

Para os julgadores, a internet é um local sem lei, sem identidade, onde todos se tornam juízes das ações do próximo. E, para muitas celebridades, o cancelamento é algo comum na vida delas, pois constantemente recebem críticas negativas por suas ações. Cantores, atores, apresentadores e influenciadores digitais já passaram muitas vezes por isso. No entanto, pessoas que estão longe da fama podem sofrer ainda mais e desenvolverem depressão, ansiedade e transtorno do pânico. Por isso, buscar ajuda é possível! O Centro de Valorização da Vida – CVV é uma entidade sem fins lucrativos que atua através de ações com o objetivo de valorizar a vida e prevenir o suicídio.  Todos podem ligar para o número 188, entrar em contato através do e-mail ou chat, de forma gratuita e receber ajuda emocional.

Por isso, lembre-se: você não está sozinho. Converse com familiares e amigos, compartilhe os seus sentimentos e busque auxílio de um profissional da saúde. A Cabergs possui especialistas capacitados que podem lhe auxiliar. O tema: Setembro Amarelo – Prevenção ao Suicídio, nos mostra que uma palavra de afeto pode mudar a vida de uma pessoa.

  • Categoria: Saúde Mental
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