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Cuidados contra o Glaucoma.

Postado em 13 de agosto de 2012


Há quanto tempo você não vai ao oftalmologista? Uma consulta a cada dois anos para quem não tem problemas de visão é a vigilância recomendada pela oftalmologista credenciada da Cabergs Bárbara Koepke, que lembra que quem usa óculos ou lentes de contato deve fazer uma revisão anual. "É comum as pessoas chegarem ao consultório já perto dos 50 anos sem nunca ter consultado com um oftalmologista. Essa é uma das razões para que pelo menos metade dos casos de glaucoma sejam diagnosticados quando a doença já afeta a visão de pelo menos um dos olhos", lamentou.

Segundo ela, pelo menos 1% da população tem glaucoma e, como a forma mais comum da doença não provoca dor, a falta de consultas frequentes é a principal razão para o diagnóstico tardio. O glaucoma, explicou Bárbara, é provocado pela pressão interna do olho que "dá uma apertadinha" no nervo óptico. Sem tratamento, o problema acaba afetando a visão.

"É importante ressaltar que a pressão arterial do paciente não precisa estar elevada para que a pressão interna do olho aumente. Então, para saber se existe essa variação de pressão, só indo ao oftalmologista – a medição da pressão do olho é parte de todas as consultas. Essa pressão, quando caracteriza o glaucoma de ângulo aberto, não provoca nenhuma dor", afirmou a médica ao lembrar que o tratamento é baseado no uso de colírios e há alternativas cirúrgicas para casos mais severos.

Bárbara lembra, ainda, que existem outros dois tipos de glaucoma, que são raros. O glaucoma de ângulo fechado, ou agudo, que provoca dor, enjoos e vômitos, e o glaucoma congênito (de nascença). "Por isso é importante que as crianças sejam trazidas ao consultório ainda pequenas. Se tiverem glaucoma congênito, conseguiremos detectar. Além de aumentar a chance de corrigir outros problemas quando tratados com óculos antes dos cinco anos", disse ela.

Contrariando o senso comum, não há problema em:
- ler dentro de um veículo em movimento;
- ler com pouca luz;
- assistir televisão muito perto da tela;
- passar muito tempo no computador;

Essas coisas cansam mais, mas não causam problemas aos olhos, garante a oftalmologista.

Vivendo com Glaucoma

O beneficiário Ivo Cabeleira Mendonça, da patrocinadora Banrisul Serviços, descobriu o glaucoma há 20 anos, quando imediatamente fez a cirurgia. Na época, tinha 38 anos, e desde lá, considera ter uma boa qualidade de visão, devido ao acompanhamento do oftalmologista e de sua rotina de cuidados. Isso envolve visitar o especialista de seis em seis meses, no mínimo, ou a qualquer momento, se sentir algo anormal ou sua visão ficar borrada. Além disso, usar o colírio recomendado, nas horas indicadas, é fundamental. Ivo conta que ao começar a perder a visão, sintoma do glaucoma, imediatamente procurou o médico, que indicou o tratamento cirúrgico para regular a pressão nos olhos. O diagnóstico precoce e o imediato início do tratamento foram fundamentais para ter mantido sua visão.

Por Grazieli Binkowski.

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