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Câncer de cabeça e pescoço: fique atento e previna-se!

Postado em 31 de julho de 2020


Estamos no Julho Dourado, mês da campanha nacional de prevenção dos tumores de cabeça e pescoço. O movimento ganha cada vez mais importância devido ao aumento expressivo de casos pelo mundo. No Brasil, a doença deve atingir cerca de 40 mil pessoas em 2020, ficando entre os tumores mais incidentes em homens e mulheres.

Esse índice engloba casos de câncer na boca, na laringe, na faringe, no pescoço, nos seios nasais, na pele da face, entre outras regiões. O diagnóstico, muitas vezes tardio, leva a tratamentos que comprometem a qualidade de vida do paciente de maneira definitiva.

Por isso, chamamos a médica oncologista Fernanda Pruski, do Hospital São Lucas da PUC e do Grupo Oncoclínicas de Porto Alegre, para esclarecer as principais dúvidas sobre o assunto em uma live transmitida pelo Facebook da Cabergs na última semana.

Segundo Fernanda, a incidência de casos em pacientes mais jovens vem aumentando, principalmente devido à disseminação do HPV, uma doença sexualmente transmissível que causa verrugas anogenitais. Além da infecção pelo vírus, o tabagismo e o consumo exagerado de álcool também estão entre os principais fatores de risco para a cabeça e o pescoço.

É preciso estar atento aos seguintes sinais, quando eles perduram por mais de duas semanas:
- feridas na boca que não cicatrizam;
- dificuldade para engolir;
- rouquidão;
- caroços no pescoço.

Quem procurar?
Ao notar qualquer um desses sintomas, o paciente deve procurar o médico otorrinolaringologista ou um cirurgião de cabeça e pescoço. Além disso, também é possível recorrer diretamente ao médico oncologista.

"Muita gente acha que deve procurar o oncologista somente após o diagnóstico positivo do câncer. Não é assim. Hoje em dia, os médicos oncologistas estão muito focados na prevenção e conseguem guiar melhor as opções de diagnóstico", explicou Fernanda.

É importante lembrar que os dentistas também podem auxiliar na percepção de possíveis tumores quando identificam lesões suspeitas na cavidade oral.

Após uma avaliação clínica, os exames preliminares solicitados pelo médico, que geralmente são a tomografia e a ressonância magnética, permitem uma imagem correta dessas estruturas. Mas o principal exame de diagnóstico dessas neoplasias é a biópsia, em que o médico retira uma parte da lesão para analisá-la microscopicamente. O resultado é fundamental na condução do tratamento, pois é ele que vai revelar qual tipo de tumor instalado no organismo.

Quando o diagnóstico revela uma neoplasia maligna, o próximo passo então é investigar se ela está localizada ou não, através dos exames de estadiamento, ou seja, um mapeamento do corpo.

De forma geral, podemos dividir as opções de tratamento da seguinte forma:

- Neoplasia local e inicial: abordagem cirúrgica e radioterapia;
- Neoplasia local e avançada: a quimioterapia e a terapia biológica entram como opções adjuvantes;
- Neoplasia metastática: em alguns casos, já é possível também usar a imunoterapia como opção adjuvante nessa situação.

Para encerrar a live, Fernanda fez questão de relembrar o mais importante: a prevenção! A prática regular de atividades físicas aliada a uma alimentação equilibrada é fundamental. Além disso, é preciso evitar os fatores de risco, como usar preservativo em todas as relações sexuais e informar-se a respeito da vacina contra o HPV, já disponível para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 9 a 11 anos.

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