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A saúde mental da mulher após o parto

Postado em 23 de janeiro de 2020



Muitas transformações acontecem da gravidez ao puerpério, período desde o parto até que os órgãos e o estado geral da mulher voltem às condições anteriores à gestação. Esse ciclo pode gerar oscilações de humor e outros sintomas que merecem atenção. Oito em cada dez mulheres podem desenvolver "blues puerperal", um estágio caracterizado por humor deprimido que pode ser revertido, espontaneamente, em até duas semanas. No entanto, algumas mulheres podem desenvolver depressão.

Após o nascimento do bebê é comum o surgimento de sinais como: falta de ânimo, de energia, de prazer na realização das coisas e na rotina, irritabilidade, aceleração do pensamento e falta de concentração. Tudo isso acontece devido às adaptações da maternidade, como privação do sono e queda de hormônios.

Quando os sintomas persistem por mais de duas semanas, a mulher pode estar enfrentando um quadro depressivo, que atinge de 15% a 20% das puérperas. O diagnóstico deve ser feito por um profissional da saúde devidamente qualificado, e inclui sinais de humor deprimido, perda ou ganho de peso, insônia ou hipersonia, fadiga ou perda de energia, agitação ou retardo psicomotor, pensamentos recorrentes de morte e dificuldade de concentração.

Histórico de depressão representa um risco 50% maior de desenvolver a doença no período pós-parto. A genética também gera predisposição. Problemas conjugais, falta de interação social e casos de violência doméstica podem funcionar como gatilho.

É fundamental que a família e os profissionais estejam preparados para identificar precocemente os sintomas e prestar assistência adequada nesses casos.

Uma rotina saudável com atividades físicas e alimentação balanceada é fundamental. Também é importante que a família e os amigos formem uma rede de apoio para que a mulher não se sinta sozinha ou sobrecarregada. Organizar a rotina e cuidar do ambiente em que a puérpera está, reforçar positivamente a maternidade, ofertar apoio prático e ajuda especializada em caso de dificuldades na amamentação e na rotina pós-parto são atitudes preventivas que fazem toda a diferença.

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