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Precisamos falar sobre suicídio

Postado em 26 de setembro de 2019


Um estudo da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) revela que 17% das pessoas já pensaram seriamente em suicídio. A Organização Mundial de Saúde (OMS) afirma que 90% das pessoas que se suicidaram apresentavam algum desequilíbrio como depressão, transtorno bipolar, dependência de substâncias e esquizofrenia.

Quando nos deparamos com a morte autoprovocada de alguém é natural que busquemos um motivo para tragédia, como uma situação financeira ruim, a perda um ente querido, uma humilhação pública etc. Porém, de acordo com a Associação Brasileira de Estudos e Prevenção do Suicídio (ABEPS), esses fatos, sozinhos, não bastam para explicar a morte. Os eventos dolorosos não causam o suicídio diretamente, mas sim uma condição fragilizada.

Para entendermos melhor essa relação, vamos traçar um paralelo. Imagine que uma bituca de cigarro acesa caia numa grama verde. Ela vai queimar lentamente até se apagar. Porém, se o cigarro cair em um mato seco, pode provocar um pequeno fogo e, talvez, um grande incêndio. As bitucas representam as intempéries da vida. A grama verde é uma mente saudável. Já o mato seco representa uma condição mental frágil, como a depressão, por exemplo.

A OMS defende que a maioria dos suicídios poderiam ser evitados se cuidássemos das doenças mentais como cuidamos das outras doenças. Cerca de 60% das pessoas que tiraram a própria vida nunca se consultaram com um psicólogo ou psiquiatra. É por esse motivo que precisamos falar sobre o assunto, e é por isso que a Cabergs apoia o Setembro Amarelo.

  • Categoria: Saúde Mental
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