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Luta como alerta para a prevenção

Postado em 29 de outubro de 2014


A luta da bancária Aldira Zeballos, 56 anos, contra o câncer de mama começou em 2013, quando descobriu um nódulo no seio direito. O cuidado periódico da bancária com o autoexame e a mamografia não foram suficientes para mantê-la livre do problema. Após constatar um nódulo, Aldira não pensava que fosse algo sério, pois acreditava não pertencer ao grupo de risco da doença - não tinha histórico na família e além disso não usava anticoncepcionais nem hormônios durante a menopausa. 
 
"Eu fazia exames periódicos, mas depois de notar o nódulo, marquei bobeira e não fui imediatamente procurar ajuda médica. Acabei perdendo uma mama e permitindo que o sistema linfático fosse atingido pela minha demora", conta. Tão logo constatou a doença, a assistência imediata dada pelos médicos foi primordial: "Com o pedido de urgência, consultei no dia 26 de agosto e, no dia 9 de setembro, estava operando". Naquele momento, a quimioterapia não era indicada, pois o câncer havia atingido os linfonodos - também chamados de gânglios linfáticos, são pequenos órgãos espalhados pelo corpo, quase sempre envolvidos por tecido conjuntivo propriamente dito ou por tecido adiposo, presentes na região da axila. 

Enfrentando a doença

Após consulta médica com conceituada mastologista, Aldira encarou a mesa de cirurgia, em razão do tamanho que o nódulo havia atingido. Após retirar parte mama, ainda na recuperação a bancária teve que retornar à mesa de cirurgia para uma mastectomia total, devido a uma bactéria que prejudicava a restauração dos tecidos do seio. 

"Na primeira cirurgia da mama, eu estava tranquila, mas nesse dia eu realmente tive medo. Desta vez a infecção me fez acreditar que corria risco de vida", recorda. Felizmente, o procedimento foi muito bem sucedido. Depois, Aldira se submeteu a sessões de quimioterapia. Longo e doloroso, o processo foi assistido de perto pela equipe médica que acompanhou a paciente desde o início. 

As recomendações pós-cirurgia alertaram Aldira a adotar uma nova meta em sua vida: a redução de peso, que contribui para diminuir os riscos de a doença voltar. Por isso, a bancária faz natação e toma medicamentos diariamente, realizando exames e monitorando sua saúde com afinco junto aos médicos. Essa rotina deve ser seguida à risca por, pelo menos, mais cinco anos, tempo em que a propensão de reincidência é maior. Por isso, ela recomenda a todas as mulheres que levem a sério os indícios que o corpo apresenta avisando que há algo errado. 

Pensamento positivo

A postura positiva de Aldira ao longo de todo o processo foi benéfica na luta contra a doença e a fez renovar sua percepção sobre a vida: "hoje estou mais exigente", comenta. Agora, o que ocupa a cabeça de Aldira em lugar da dor são as novas perspectivas e planos. Com o fim da radioterapia, em junho deste ano, ela declara: "Estou feliz. Vou colocar um expansor para fazer a reconstrução a partir do ano que vem. Enquanto isso, uso um sutiã com enchimento e me preparo para uma aguardada viagem de férias a Paris". 

Boa viagem, Aldira! E você que está em falta com os cuidados, fique sempre alerta para os exames periódicos da mama. A prevenção é ainda o melhor remédio. Quer saber mais? Leia aqui sobre os métodos preventivos.

Fontes: inca.gov.br, www.icb.usp.br e Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
*Texto revisado por Ana Michelle Rocha Torres / Coren-RS 156.816


  • Categoria: Saúde da mulher
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Maria andre coelho menezes disse:
30 de outubro de 2014 às 21:23

O cancer de mama que acometeu minha irma, Aldira, foi devastador. Apesar de todos os problemas e percalços enfrentados, que foram gravissimos, e num periodo de 7 (sete)dias ela realizou 3 cirurgias e nao 2 (duas), conforme narra a reportagem, com risco iminente de morte. Teve muita sorte dentro de tudo que enfrentou. Na primeira medica que ela havia consultado,a mesma não demonstrou a minima credibilidade profissional, nao me conveceu; momento em que insisti para que ela ouvisse a opinião de mais um profissional. Por sorte, e APENAS SORTE, conseguiu uma vaga com a Dra Maira, que queria operá-la imediatamente, no moinho de ventos,e ela so nao fez a cirurgia no ato por problemas de autorização da CABERGS . Ela fez a cirurgia para retirada da mama ,porque o local do tumor nao podia preservar parte da mama. No segundo dia após a masctomia ela teve problemas de coagulos tendo que fazer nova cirurgia para a retirada dos mesmos. Depois de mais dois dias , teve Celulite Necrosante, onde veio a ter de retirar o tecido e a protese. Tudo graças a equipe medica ,que agiu rapidamente conseguindo salvar a vida dela. E para completar o cacteter colocado para as quimios nao funcionou , mas como uma lutadora ela esta vencendo todos os obstáculos Uma verdadeira heroina. Deixo meus parabéns pela sua forca e fé , o importante e ter pensamento positivo e familia solidaria. Nesses tristes momentos nada melhor que ter apoio de amigos/familiares.


Cabergs Saúde disse:
11 de novembro de 2014 às 13:26

Obrigada por seu comentário Sra. Maria, ficamos felizes com a iniciativa da Dona Aldira em decidir compartilhar sua experiência com outras mulheres que enfrentam a mesma situação. Sua revelação pública encoraja outros pacientes a encararem de forma positiva a doença.