A luta da bancária Aldira Zeballos, 56 anos, contra o câncer de mama começou em 2013, quando descobriu um nódulo no seio direito. O cuidado periódico da bancária com o autoexame e a mamografia não foram suficientes para mantê-la livre do problema. Após constatar um nódulo, Aldira não pensava que fosse algo sério, pois acreditava não pertencer ao grupo de risco da doença - não tinha histórico na família e além disso não usava anticoncepcionais nem hormônios durante a menopausa.
"Eu fazia exames periódicos, mas depois de notar o nódulo, marquei bobeira e não fui imediatamente procurar ajuda médica. Acabei perdendo uma mama e permitindo que o sistema linfático fosse atingido pela minha demora", conta. Tão logo constatou a doença, a assistência imediata dada pelos médicos foi primordial: "Com o pedido de urgência, consultei no dia 26 de agosto e, no dia 9 de setembro, estava operando". Naquele momento, a quimioterapia não era indicada, pois o câncer havia atingido os linfonodos - também chamados de gânglios linfáticos, são pequenos órgãos espalhados pelo corpo, quase sempre envolvidos por tecido conjuntivo propriamente dito ou por tecido adiposo, presentes na região da axila.
Enfrentando a doença
Após consulta médica com conceituada mastologista, Aldira encarou a mesa de cirurgia, em razão do tamanho que o nódulo havia atingido. Após retirar parte mama, ainda na recuperação a bancária teve que retornar à mesa de cirurgia para uma mastectomia total, devido a uma bactéria que prejudicava a restauração dos tecidos do seio.
"Na primeira cirurgia da mama, eu estava tranquila, mas nesse dia eu realmente tive medo. Desta vez a infecção me fez acreditar que corria risco de vida", recorda. Felizmente, o procedimento foi muito bem sucedido. Depois, Aldira se submeteu a sessões de quimioterapia. Longo e doloroso, o processo foi assistido de perto pela equipe médica que acompanhou a paciente desde o início.
As recomendações pós-cirurgia alertaram Aldira a adotar uma nova meta em sua vida: a redução de peso, que contribui para diminuir os riscos de a doença voltar. Por isso, a bancária faz natação e toma medicamentos diariamente, realizando exames e monitorando sua saúde com afinco junto aos médicos. Essa rotina deve ser seguida à risca por, pelo menos, mais cinco anos, tempo em que a propensão de reincidência é maior. Por isso, ela recomenda a todas as mulheres que levem a sério os indícios que o corpo apresenta avisando que há algo errado.
Pensamento positivo
A postura positiva de Aldira ao longo de todo o processo foi benéfica na luta contra a doença e a fez renovar sua percepção sobre a vida: "hoje estou mais exigente", comenta. Agora, o que ocupa a cabeça de Aldira em lugar da dor são as novas perspectivas e planos. Com o fim da radioterapia, em junho deste ano, ela declara: "Estou feliz. Vou colocar um expansor para fazer a reconstrução a partir do ano que vem. Enquanto isso, uso um sutiã com enchimento e me preparo para uma aguardada viagem de férias a Paris".
Boa viagem, Aldira! E você que está em falta com os cuidados, fique sempre alerta para os exames periódicos da mama. A prevenção é ainda o melhor remédio. Quer saber mais?
Leia aqui sobre os métodos preventivos.
Fontes: inca.gov.br, www.icb.usp.br e Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
*Texto revisado por Ana Michelle Rocha Torres / Coren-RS 156.816