Em 2017, mais de 60 mil casos de câncer de próstata foram diagnosticados no Brasil. Esse tipo de câncer é o segundo mais comum entre os homens, atrás apenas do câncer de pele não melanoma. Os dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) servem de alerta e reforçam a importância da população conhecer e discutir o assunto e, principalmente, saber mais sobre a prevenção e o tratamento.
Já está comprovado que o consumo de frutas, verduras, legumes, grãos e cereais integrais reduz o risco de câncer, assim como o menor consumo de gordura, principalmente a de origem animal. Além disso, alguns especialistas apontam o tomate como um dos alimentos mais eficazes na prevenção. Há indícios de que o fruto vermelho evita tumores em outras regiões do corpo. Mas em relação à próstata mais especificamente, é o licopeno, pigmento que dá a cor ao tomate, que faz toda a diferença. Ele fica guardadinho em cada célula do tomate. Ao ser liberado, se espalha para boa parte do organismo, mas por razões ainda não muito bem esclarecidas, vai parar em regiões como a próstata.
Nesse sentido, outros hábitos saudáveis também são recomendados, como: fazer no mínimo 30 minutos diários de atividade física; manter o peso adequado à altura; diminuir o consumo de álcool; não fumar.
A idade é um fator de risco importante para o câncer de próstata, uma vez que tanto a incidência como a mortalidade aumentam significativamente após os 50 anos. Pai ou irmão com câncer de próstata antes dos 60 anos pode aumentar o risco de se ter a doença, de três a dez vezes comparado à população em geral, e pode refletir tanto os fatores genéticos (hereditários) quanto os hábitos alimentares ou o estilo de vida de risco de algumas famílias.
Caso a doença seja comprovada, o médico pode indicar radioterapia, cirurgia ou até tratamento hormonal. Para doença metastática (quando o tumor original já se espalhou para outras partes do corpo), o tratamento escolhido é a terapia hormonal e, em alguns casos, a quimioterapia. A escolha do tratamento mais adequado é individualizada e definida após médico e paciente discutirem os riscos e os benefícios de cada um.