Novembro é o
mês mundial de prevenção e combate ao câncer de próstata. Dados do Instituto
Nacional de Câncer (INCA) mostram que no Brasil ele é o segundo tipo de câncer
mais comum entre o sexo masculino e ocorre, principalmente, em homens mais
velhos. Cerca de seis em cada dez casos são diagnosticados em pacientes com
mais de 65 anos.
Por isso, a
recomendação é que a prevenção comece a partir dos 45 anos, quando existem
casos de câncer de próstata na família. Se não existem, o homem deve visitar o
urologista anualmente a partir dos 50 anos e realizar o exame de toque e de
PSA, principais meios para detectar a doença precocemente, ou seja, quando as
chances de cura são maiores e os tratamentos menos invasivos. O PSA – ou
antígeno prostático específico – é uma enzima com algumas características de
marcador tumoral ideal, sendo utilizado para diagnóstico, monitorização e
controle da evolução do carcinoma da próstata.
O exame
físico é realizado pelo médico e dura apenas dez segundos. Através dele é
possível analisar a consistência da próstata, o tamanho e se existem na
glândula lesões palpáveis através do reto. Esse exame ainda gera muita polêmica
e, talvez por isso, a conscientização sobre a gravidade da doença seja tão
necessária. É preciso acabar com o preconceito que ainda existe em muitos
homens.
O exame de
toque, junto com o PSA, deve ser feito anualmente, como rotina. É fundamental
que todo homem entenda que a saúde deve ser colocada em primeiro lugar, acima
de qualquer construção cultural que possa levar ao preconceito.
Para alertar a
sociedade em geral sobre a importância do assunto, surgiu o Novembro Azul. A
campanha começou em 2003, na Austrália, quando alguns amigos tiveram a ideia de
deixar o bigode crescer com o objetivo de chamar a atenção para a saúde
masculina. No Brasil, a campanha foi trazida em 2008 pelo Instituto Lado a Lado
pela Vida, juntamente com a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU). Atualmente
a campanha é feita em mais de 20 países