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Outubro Rosa e o Câncer de mama em 2018

Postado em 04 de outubro de 2018



Outubro é o mês de falarmos sobre prevenção e combate ao câncer de mama. E não tem como falar disso sem falar no movimento conhecido como Outubro Rosa, nascido nos Estados Unidos na década de 1990, para estimular a participação da sociedade nesse tema tão importante.

Os dados da doença são alarmantes. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o câncer de mama é o mais comum e o que mais mata mulheres. Todos os anos 1,5 milhão de novos casos são diagnosticados. Em relação ao Brasil, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca), o nosso país deve registrar cerca de 600 mil novos casos de câncer por ano em 2018 e 2019.
Pensando nisso, a Cabergs promoveu na última segunda-feira (02) a palestra "Câncer de Mama em 2018", com o Dr. Sérgio Lago, Oncologista da Clínica Oncotrata e do Hospital Moinhos de Vento. Segundo ele, alguns fatores de risco podem deixar as pacientes alertas com a prevenção e diagnóstico precoce. Entre esses fatores estão: primeira menstruação precoce (antes dos 12 anos); nuliparidade (nunca ter engravidado); primeira gravidez após os 30 anos; nunca ter amamentado; ter realizado terapias de reposição hormonal; além do risco genético, ou seja, quando mãe, avó ou irmã já tiveram câncer de mama.

Manter hábitos saudáveis, com uma alimentação balanceada e a prática regular de exercícios físicos, é a melhor forma de prevenir a doença. Em alguns casos, quando a propensão à doença é comprovada por um médico qualificado, algumas pacientes optam pela mastectomia profilática. Esse procedimento consiste em remover as mamas e substitui-las por próteses, antes mesmo de o câncer ser encontrado. A quimioprevenção, que utiliza agentes químicos naturais ou sintéticos na reversão, bloqueio ou prevenção do surgimento do câncer, também é bastante usada em casos específicos de pacientes de altíssimo risco.

Porém, mesmo com a medicina avançando constantemente, é fundamental que as mulheres mantenham o hábito de fazer o autoexame mensalmente, logo após o período menstrual, e a mamografia periodicamente, de acordo com a orientação do médico. "Esses exames detectam o câncer já em tamanho relativamente grande, mas mesmo assim, são a melhor opção de diagnóstico precoce", afirmou o médico oncologista.

Na palestra, o Dr. Lago também falou sobre a biópsia líquida. O novo método chegou recentemente ao Brasil e promete melhorar consideravelmente o tratamento do câncer. Ele garante mais eficácia e menos sofrimento. A biópsia líquida é simples e indolor. Basta uma coleta de sangue convencional para fazer uma análise molecular sofisticada, capaz de identificar fragmentos de DNA de tumores na corrente sanguínea e indicar sua presença, antes mesmo deles se tornarem visíveis em análises convencionais, numa fase em que podem ser bloqueados. Além disso, segundo o palestrante, pessoas que não tem câncer, ao fazerem a biópsia líquida, terão um painel genético capaz de revelar se existe a possibilidade daquele individuo desenvolver a doença ou não.

No encerramento da palestra, o Dr. Lago falou sobre as opções de tratamento como radioterapia, quimioterapia, hormonioterapia e a terapia alvo, um novo tipo de tratamento. Este tratamento surgiu através do melhor entendimento da ação dos genes, das proteínas e de outras moléculas presentes nas células tumorais, criando o conceito da terapia personalizada. Esses medicamentos são compostos de substâncias que foram desenvolvidas para identificar e atacar características específicas das células cancerígenas, bloqueando assim o crescimento e a disseminação do câncer.

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