Esse mês o Brasil se mobiliza em prol da iniciativa Setembro Amarelo. Desde 2015, a campanha de conscientização e prevenção do suicídio busca alertar a população a respeito dessa realidade. E não poderia ser diferente, já que os números brasileiros em relação a esse tema são alarmantes. Nos últimos 16 anos, os casos de suicídios aumentaram 73% no nosso país. No mundo esse mal acomete mais de 800 mil pessoas, segundo a Organização Mundial da Saúde, e é a segunda causa de morte no planeta entre jovens de 15 a 29 anos, perdendo somente para a violência.
Uma pesquisa feita pela Universidade de San Diego revela que entre os jovens o uso excessivo da tecnologia como tablets, celulares e vídeo games, por exemplo, está ligado às tentativas contra a própria vida. Porém, fatores como o bullying, decepções afetivas, crises financeiras e depressão também podem resultar em suicídio. Estudos revelam que por trás do comportamento suicida há uma combinação de fatores biológicos, emocionais, socioculturais, filosóficos e até religiosos que, embaralhados, muitas vezes culminam em tragédias.
Não existe uma receita mágica para transformar essa realidade, mas a conscientização é fundamental. Só assim é possível levar as pessoas em necessidade a buscarem ajuda, além de criar um alerta para que a sociedade em geral saiba identificar e auxiliar esses indivíduos. Pessoas com sentimentos suicidas, no fundo, querem acabar com a dor e não com a vida. É necessário empatia e diálogo para que elas enxerguem outras soluções para os seus problemas além da morte.