Neste mês de maio a Cabergs vai falar sobre um grave problema de saúde pública que afeta pessoas no mundo inteiro: a hepatite, uma inflamação do fígado causada por vírus ou pelo uso de alguns remédios, álcool e outras drogas, além de doenças autoimunes, metabólicas e genéticas. A hepatite é uma doença silenciosa, mas também pode provocar sintomas como cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.
As hepatites virais mais comuns no Brasil são causadas pelos vírus A, B e C. Além disso, milhões de pessoas no país são portadoras dos vírus B ou C e não sabem. Por serem doenças sorrateiras, podem evoluir causando danos mais graves ao fígado, como cirrose e câncer, por exemplo. Já os vírus D e E são mais frequentes na África e na Ásia. Os vírus A e E apresentam apenas formas agudas de hepatite e não possuem potencial para formas crônicas. Isso quer dizer que após uma hepatite A ou E o indivíduo pode se recuperar completamente, eliminando o vírus de seu organismo. Já os casos de hepatites causadas pelos vírus B, C e D podem apresentar tanto formas agudas quanto crônicas de infecção. Nesse último caso, a doença persiste no organismo por mais de seis meses.
Se você já se expôs a condições precárias de saneamento básico e água, de higiene pessoal e dos alimentos, é importante procurar um médico para realizar exames que detectem a hepatite que, nesse caso, pode ser do tipo A e E. Sexo desprotegido, compartilhamento de seringas, agulhas, lâminas de barbear, alicates de unha e outros objetos que furam ou cortam, e até mesmo a transmissão sanguínea como a da mãe para o filho durante a gravidez, o parto e a amamentação também são situações que devem ser monitoradas. Nessas circunstâncias, os vírus B, C e D podem ser transmitidos. No caso das hepatites B e C, é preciso um intervalo de 60 dias para que os anticorpos sejam detectados no exame de sangue.