Segundo a Agência Internacional para a Pesquisa do Câncer
(IARC), o câncer de mama é o tipo mais comum de todos, além de ser o que mais
mata mulheres no mundo. Receber o diagnóstico do câncer mamário é a preocupação
de muitas mulheres, principalmente aquelas que possuem maior risco, por fatores
genéticos ou idade avançada. O que muda na vida de alguém após ser
diagnosticado com câncer de mama? A psicóloga Natalia Frizzo fala um pouco
sobre o assunto, juntamente com a funcionária pública Maria Luz da Silva, que
venceu o câncer mamário.
Assim que o diagnóstico de câncer de mama é revelado, o
importante é que as mulheres mantenham o pensamento positivo, lembrando sempre
que a cura é possível sim. A psicóloga Natalia Frizzo explica que estados
emocionais alterados funcionam como abridores de portas para doenças
oportunistas aparecerem. Da mesma forma, o tratamento de doenças pode ser
afetado por nosso psicológico. "As emoções acabam atuando, ao longo de toda
nossa história de vida, como grandes fatores de resiliência a processos de
tratamento, inclusive", afirma.
No momento de descoberta do câncer de mama, a rede de apoio
do paciente influencia muito no sucesso de seu tratamento. "As orientações
básicas a respeito disso é: mantenham a proximidade e o afeto emocional",
indica Natalia. A comunicação é essencial na qualidade do processo de cura, e
deve ocorrer abertamente entre pacientes e familiares. A psicóloga diz que é
preciso evitar o excesso de proteção, mas procurar entender os limites e
capacidades de quem está passando por isso.
"Enfrentamos, assim como enfrentaremos todas as outras
situações na vida", diz Maria sobre a luta contra o câncer de mama. Ela também
incentiva que todas as mulheres busquem um tempo para a realização do exame
preventivo, pois com ele foi possível descobrir a existência do seu nódulo em
tempo viável de cura. "Nós nunca achamos tempo para nós mesmos, depois de um
susto grande que nos lembramos: eu existo também."