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Você já ouviu falar no Centro de Valorização da Vida?

Postado em 14 de setembro de 2017


Os índices de suicídio crescem a todo o momento. Em 10 anos, a taxa de crianças e pré-adolescentes com idade entre 10 e 14 anos que tiraram a própria vida aumentou 40%, segundo o Ministério da Saúde. Na faixa etária de 15 a 19 anos, os números são menores, mas ainda alarmantes, com crescimento de 33,5%. O constante aumento destes percentuais só confirma a necessidade de debate, compreensão e atenção sobre esse assunto. Trabalhos como o desenvolvido pelo Centro de Valorização da Vida são pilares importantes para o combate ao suicídio.

O presidente do Centro de Valorização da Vida (CVV) de Novo Hamburgo, Anildo Fernandes, explica que o programa consiste no apoio emocional, com vistas à valorização da vida e, consequentemente, à prevenção do suicídio. O público atendido pelo CVV são pessoas que se sentem angustiadas, tristes ou deprimidas. O contato pode ser feito por telefone, no número 141, Skype, chat, E-mail ou presencial, em uma unidade do centro, e todas as conversas são feitas em total sigilo. O atendimento é oferecido em todo o Brasil e feito por voluntários, que oferecem seu tempo para dedicarem-se ao acolhimento por meio de conversa sobre as ideações, dores e sofrimentos, criando uma boa oportunidade de desabafo.

Recentemente, o trabalho do CVV foi reconhecido pelo Ministério da Saúde, fato que possibilitou a criação do número 188, para ligação sem custo. No momento, esse número só funciona no Rio Grande do Sul. Contudo, segundo o presidente, a partir do dia 30 de setembro deste ano, o 188 deve funcionar em mais 8 estados. "O Ministério da Saúde reconheceu a importância do trabalho do CVV e, por isso, firmou essa parceria" celebra Anildo. Ele também completa: "O que os voluntários do CVV fazem não interfere no tratamento psicológico, pois nós apenas oferecemos uma oportunidade de desabafo".

O volume de tarefas e as constantes preocupações do dia a dia estão reduzindo nossa capacidade de ouvir e compreender o que o outro tem a dizer. "Quando alguém fala `estou triste¿ logo respondemos `eu também estou triste, você não imagina quanto¿, e não damos oportunidade do próximo desabafar", afirma Anildo. Neste contexto, o voluntário do CVV deve estar disposto a ouvir e respeitar o sofrimento daquele que entra em contato. Quem desejar ser voluntário, precisa ter mais de 18 anos, ser alfabetizado, ter disponibilidade de, no mínimo, 4 horas por semana e um horário para reunião semanal de grupo, no qual é feito o treinamento de como abordar o tema com as pessoas.

O Centro de Valorização da Vida oferece 24h de atendimento, todos os dias, por meio dos recursos mencionados acima. Para saber se existe uma unidade do CVV na sua cidade, é só acessar https://www.cvv.org.br/quero-conversar/, clicar na aba Endereço e informar sua cidade. Acessando o site https://www.cvv.org.br/ , você também encontra outras formas de contato e os passos para se tornar um voluntário. Se você está precisando conversar, não tenha medo ou receio de contatar o CVV. Se você está fora do Estado do RS, ligue 141. Na cobertura do RS o número é o 188, em que a ligação é gratuita.

  • Categoria: Saúde Mental
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