A asma é uma doença inflamatória nas vias aéreas ou brônquios. Ela é muito comum e atinge cerca de 235 milhões de pessoas no mundo todo, segundo a Organização Mundial de Saúde. Aqueles que sofrem da doença possuem a musculatura em volta do brônquio muito mais sensível a agentes irritantes do que as pessoas saudáveis. Ainda não se sabe a causa exata da doença, contudo suspeita-se que é desencadeada por fatores genéticos e ambientais. Uma vez que é manifestado o problema da asma, é preciso estar atento com situações que podem gerar uma crise e até levar a hospitalização, em casos mais graves.
A crise de asma é caracterizada pela falta de ar ou dificuldade para respirar, sensação de aperto no peito ou peito pesado, chiado no peito e tosse. Esses sintomas variam e podem piorar à noite e na madrugada, ou com atividades físicas. Em alguns casos, é necessária a hospitalização, pois a respiração fica fortemente comprometida. Segundo o DATASUS (banco de dados do Sistema Único de Saúde) no Brasil ocorrem em média 350 mil internações anualmente por conta da asma, sendo essa a terceira ou quarta causa de hospitalização pela rede pública.
O início do inverno também pode ser um problema para aqueles que sofrem de asma, isso porque o ar se torna muito frio e seco. Nos pulmões existem estruturas chamadas de receptores térmicos, que são ativados com as oscilações de temperatura, e podem provocar as crises. Além disso, as gripes são comuns nessa época, e provocam ainda mais as doenças respiratórias, portanto é preciso um cuidado maior ao longo dessa estação. É importante estar bem agasalhado e lavar as roupas que estiveram guardadas por muito tempo. Deve-se, também, evitar mudanças bruscas de temperatura, como sair de um local muito quente para outro muito frio.
Organismos como ácaros e fungos são potentes gatilhos para provocar a falta de ar no asmático. Animais de estimação, poluição ambiental, pólen e fumaça de cigarro também são desencadeadores do ataque de asma. Recomenda-se que, quem sofre da doença, procure evitar situações que podem desencadear a crise, para viver bem com o problema, sem necessitar do uso constante de medicamentos.
Infelizmente, essa doença não tem cura, e sua forma e intensidade de manifestação varia de pessoa para pessoa. Por isso, o tratamento é individual e, muitas vezes, intercalado, considerando que a asma pode se revelar mais agressiva ou até inexistente em algumas épocas. Existem diversos medicamentos utilizados para controlar a asma ou para conter uma crise forte. Contudo, se você sofre com esse problema, procure seu médico de confiança e peça o tratamento mais adequado. Cuide-se!
Fonte: Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia