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Vacinação na terceira idade, pode?

Postado em 26 de abril de 2017


Quando falamos em vacinação e calendário de imunização, comumente pensamos em crianças não é mesmo? Mas esse pensamento deve mudar: de acordo com a Sociedade Brasileira de Imunização (SBIm) a vacinação é uma medida efetiva na prevenção de doenças infecciosas em todas as faixas etárias, e a terceira idade está inserida neste contexto. "As alterações imunológicas associadas ao envelhecimento fazem aumentar o risco de infecções que, em idosos, podem ser associadas ao declínio funcional, às comorbidades, e às manifestações clínicas diversificadas, promovendo maiores taxas de hospitalizações e morbimortalidade".

Para a SBIm, entre os aspectos que justificam a imunização na terceira idade, está o fato de que muitos indivíduos com mais de 60 anos ainda estarem em atividade profissional, com responsabilidades e contribuindo na renda familiar. Outro fator relevante é o contato próximo entre avós e netos, sendo as crianças "importantes agentes transmissores de doenças infecciosas".

Entre as doenças imunopreveníveis mais comuns da terceira idade estão (dados do Guia de Vacinação da Geriatria - SBIm/SBGG):

  1. - As do trato respiratório inferior, que é a quarta causa de morte nos países desenvolvidos, sendo três vezes mais comuns em pessoas acima dos 60 anos de idade;

  • - O tétano, ainda frequente em muitos países, em especial na população acima dos 50 anos;

- A difteria, que pode trazer problemas futuros em idades mais avançadas;

- A pertussis, cuja morbidade parece ser substancial entre os idosos;

- O herpes zóster, cujo risco de emergência aumenta com a idade. Ocorre em 20% a 25% da população com mais de 60 anos;

- A hepatite B, sexualmente transmissível.

"É importante que o idoso receba orientação do seu médico de confiança sobre qual vacina é indicada ou contraindicada", afirma a Dra. Fany Glock, geriatra. Sobre a imunização contra a gripe, que já está sendo realizada em todos os postos de saúde, a especialista diz que a vacina é bem tolerada e que apresenta um bom perfil de segurança. "Alguns efeitos locais são benignos e bem tolerados, como dor, vermelhidão e endurecimento, nas primeiras 48h.

Podem surgir, também, algumas manifestações leves como febre, mal estar e dores musculares. Caso apresente algum quadro gripal após imunização é essencial procurar seu médico".

Segundo Fany, os processos agudos respiratórios que eventualmente ocorram após a aplicação da vacina são apenas coincidências, mas não causados pela imunização. Vale lembrar que antes de realizar a vacina é importante verificar se não há algum quadro febril ou problemas de coagulação, e principalmente se não existe alguma alergia ao ovo ou a algum outro componente da vacina.

Importante Saber: A campanha nacional de vacinação contra a gripe do Ministério da Saúde, está ocorrendo em todos os postos de saúde da rede pública, até o dia 26 de maio, das 08 às 17h. Além da vacina contra gripe, àqueles idosos que vivem acamados e ou em instituições fechadas como, casas geriátricas, hospitais, unidades de acolhimento/asilos, casas de repouso, também recebem a vacina pneumocócica 23-valente, que protege pneumonia, meningite e bacteremia/septicemia.

Você pode conferir o Calendário Vacinal – do nascimento à terceira idade, da Sociedade Brasileira de Imunização, clicando no link: https://sbim.org.br/images/calendarios/calendario-sbim-nascimento-a-terceira-idade--2016-2017-160915a.png. Fique atento, converse com o seu médico e acompanhe as campanhas de imunização. Prevenção não tem idade. Cuide-se!

  • Categoria: Sua saúde, Terceira idade
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